Pular para o conteúdo

PRESIDENTE DA CPI DA PEDOFILIA QUER REVISÃO SOBRE EMASCULADOS DE ALTAMIRA

30 de setembro de 2009

Malta
Presidente da CPI da Pedofilia quer revisão sobre emasculados de Altamira
Segundo o parlamentar, há outras pessoas sentenciadas pelos crimes que teriam sido praticados pelo mecânico maranhense Francisco das Chagas


Lenno Edroaldo
O Imparcial (São Luiz, MA)

http://201.24.26.129/oimparcial/imagens/malta0.jpg

Senador Magmo Malta, presidente da CPI da Pedofilia.

 

O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia, vai requerer junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que seja feita a revisão do caso dos meninos emasculados de Altamira, sudoeste do Pará. Segundo o parlamentar, há outras pessoas sentenciadas pelos crimes que teriam sido praticados pelo mecânico Francisco das Chagas Rodrigues de Brito. Chagas cumpre mais de 190 anos de prisão, acusado de matar e emascular 29 meninos em São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

Malta está convicto que todos os 19 casos denunciados pelo Ministério Público paraense na verdade foram cometidos por Francisco das Chagas. Essa certeza parte do trabalho feito pelo MP maranhense, polícia e peritos durante as investigações locais. “Foi uma coisa espetacular. A peça que foi produzida, as provas como feitas e como tudo isso foi esclarecido está claro que há inocentes presos no Pará e que o Ministério Público do Pará precisa descer dessa vaidade, dar o braço a torcer. Tem gente lá com mais de 200 anos de sentença sem ter cometido um crime”, disse ele.

O senador esteve em São Luís no início da semana, quando comandou os trabalhos da CPI que percorre o país investigando casos de pedofilia. Na última terça-feira ele esteve reunido com Francisco das Chagas, muito embora seu depoimento não deva acrescentar muito nos próximos dois julgamentos pelos quais o mecânico deve passar até o final do ano. “Ele ficou muito quieto e muito ressabiado, até porque foi mais uma vez condenado [em julgamento realizado segunda-feira, 14]. Tentei provocar, mexer com a sensibilidade dele, mas ele conversou só um pouco mesmo quando falamos sobre suas filhas, mas nada significativo”, afirmou o senador.

Apesar do diálogo pouco esclarecedor, o parlamentar capixaba informou que em breve recorrerá ao CNMP para que de alguma forma a instituição do estado vizinho reveja as denúncias oferecidas ao judiciário paraense. “Vou ao Conselho propor que o Ministério Público do Maranhão seja chamado junto com a polícia, além do policial federal que acompanhou os casos e peritos, para fazer uma representação. Depois tirar uma comissão composta por promotores de estados diferentes e investigadores criminais para que se juntem a uma força-tarefa, incluindo os daqui, para rever o caso e fazer esse convencimento. O que está posto na investigação deixa muito claro que todos esses casos são do Chagas, precisamos fazer justiça”.

ACOMPANHE O CASO AQUI MESMO NO BLOG

 Entre os condenados no Pará está o médico capixaba Césio Flávio Caldas Brandão, contra quem jamais foi produzida uma única prova sequer. Ele foi condenado com base, tão somente, num depoimento de um ancião que disse ter visto sair do mato “um homem parecido com o Dr. Césio”. As provas apresentadas pelo médico de que, nos dias e horários alegados, estava atendendo pacientes em postos de saúde de Altamira, não foram levados em conta.

Uma das testemunhas apresentadas pelo médico acabou acusada de perjúrio durante seu julgamento, ou seja, foi acusada de estar mentindo. Dois meses depois, entretanto, ela foi absolvida da acusação. Ou seja, a Justiça reconheceu que ela não mentiu. Se não mentiu, falou a verdade. Se ela falou a verdade (que o Dr. Césio consultava na hora em que teria cometido os crimes), então quem mentiu?

Aqui mesmo no blog estão informações contundentes sobre o caso.

Deixe um comentário