ES 381 É ENTREGUE COM PONTES POR FAZER

 

Em 10 pontos diferentes, este é o quadro na ES 381

 

Além das pontes, não há pavimentação em 10 pequenos trechos próximo a elas. As fotos foram feitas no dia 08 de setembro de 2011

Não sei de quem é a responsabilidade, mas alguém tem que dar uma satisfação ao contribuinte: o trecho de 35 quilômetros da rodovia ES 381 (uma superposição sobre o traçado da BR 381), entre a Rodovia do Café (São Domingos-Barra de São Francisco) e a rodovia de São Gabriel da Palha a Nova Venécia, contém uma coisa muito estranha.

A pavimentação está concluída, a sinalização feita, o tráfego liberado, não há nenhum canteiro de obras mais ao longo de todo o trecho, mas nenhuma das 10 pontes sobre córregos foi construída. A rodovia pode ser acessada, no sentido Nova Venécia a Barra de São Francisco, no trevo que fica próximo à Pedra do Elefante, e atravessa três vilarejos antes de se chegar do outro lado, no município de Águia Branca, depois de se passar por Guararema.

A ES 381 é uma das rodovias do plano rodoviário do Governo do Estado e sua pavimentação é importantíssima para a integração da região Noroeste, a exemplo de outra ligação feita ao Norte de Barra de São Francisco, saindo de Nova Venécia e chegando a Vila Paulista, passando, antes, por Vila Pavão.

A obra era tão esperada e foi tão festejada que, certamente, os moradores da região nem se importaram muito com o detalhe de que nenhuma das 10 pontes foi construída. E, como as pontes não foram construídas, trechos de aproximadamente 100 a 200 metros em suas cabeceiras também não foram pavimentados. Somando, a empreiteira deixou de construir entre 2 e 3 quilômetros da obra contratada, ou seja, aproximadamente 10% da obra de pavimentação não foi feita.

Algumas perguntas que não querem calar: o Estado pagou pela obra inteira ou descontou as pontes e as partes que não foram pavimentadas? Quem liberou as medições para pagamento do contrato? O Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCEES) está sabendo disso? Quando as pontes serão feitas? Por que em pelo menos oito dessas pontes não há a menor sinalização de alteração de curso, deixando em risco os motoristas, principalmente à noite?